É atribuída ao filósofo grego Aristóteles a frase “a arte imita a vida”. Mas o escritor, poeta e dramaturgo irlandês Oscar Wilde observou que “a vida imita muito mais a arte, do que a arte imita a vida”. E de fato, o segundo argumento parece ganhar cada vez mais força. Afinal, muitas das inovações eletrônicas e dispositivos disponíveis nos dias de hoje, estiveram primeiro nos livros, nos quadrinhos e nos filmes de Hollywood. A mais nova sensação tecnológica inclusive se assemelha bastante ao personagem interpretado pelo ator Robin Williams no filme “O Homem Bicentenário” (1999).
Estamos falando do Protoclone V1, um robô humanoide desenvolvido pela startup Clone Robotics que planeja comercializá-lo para uso doméstico, o que pode levar alguns a também recordarem da personagem “Rosinha” da série animada de televisão “Os Jetsons”, produzida por Hanna-Barbera na década de 60. Apresentado recentemente, o androide se destaca pela estrutura avançada, projetada para replicar com precisão a anatomia e os movimentos humanos. O Protoclone V1 pode ser visto em ação no vídeo divulgado pela startup polonesa que também tem operações nos Estados Unidos.
Modelo avançado com Design anatômico
Equipado com mais de 1.000 fibras musculares sintéticas e 500 sensores, o robô humanoide da Clone Robotics possui uma estrutura que imita músculos, tendões e ossos humanos, o que permite que o modelo tenha movimentos fluidos e naturais. O Protoclone V1 também apresenta mais de 200 graus de “liberdade”, o que o possibilita reproduzir uma ampla gama de movimentos independentes e precisos. Sem falar no design anatômico. Diferente de outros modelos, este robô possui articulações nos tornozelos, joelhos, quadris, cotovelos e pescoço, além de estruturas que simulam costelas e outros ossos, proporcionando uma aparência e funcionalidade próximas às do corpo humano.
Assistente doméstico
Na internet, a reação do público se divide entre assombro e expectativa. Embora alguns internautas tenham feito comentários que deixam claro o desejo de ter um Protoclone para “chamar de seu”, muitos manifestaram medo do que possa acontecer e fizeram referências ao filme “O Exterminador do Futuro” (1984). “Pra quem entende de biomecânica, ainda falta muito para afirmar que ‘imita a biomecânica humana com alta precisão’. Mas é admirável e assustador ao mesmo tempo”, disse outro.
Ao contrário de outros projetos focados exclusivamente em pesquisa, a Clone Robotics quer comercializar o Protoclone como um futuro assistente doméstico, capaz de organizar a casa, lavar louça e até preparar refeições básicas entre outras tarefas cotidianas. Em sua página a empresa inclusive anuncia que está fabricando 279 unidades e que as pré-encomendas serão abertas ainda em 2025. O preço e outros detalhes não foram divulgados, mas agora sabemos que não deve demorar para os androides se tornarem uma presença comum em nossas casas e até mesmo nos ambientes de trabalho.