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Robô de assistência a idosos ajuda pessoas a sentar, levantar e ajuda a impedir quedas

por Giovana Silva
13 de maio de 2025
em Saúde, Tecnologia e Inovação
Robô de assistência a idosos ajuda pessoas a sentar, levantar e ajuda a impedir quedas

Imagem: Cortesia dos pesquisadores - MIT

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O envelhecimento da população é um fenômeno global. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o número de pessoas com 60 anos ou mais deve ultrapassar 2 bilhões até 2050 — mais que o dobro do registrado em 2020. Esse avanço da longevidade traz desafios significativos para os sistemas de saúde, as políticas públicas e os modelos familiares, sobretudo em relação aos cuidados com os idosos. A escassez de cuidadores, o aumento dos custos médicos e a necessidade de promover o envelhecimento saudável e autônomo estão no centro do debate em diversos países.

Nos Estados Unidos, essa realidade já se impõe de forma aguda. A população americana está mais velha do que nunca. A idade média do país é hoje de 38,9 anos — quase uma década a mais do que em 1980 — e a previsão é de que o número de adultos com mais de 65 anos salte de 58 milhões para 82 milhões até 2050. O desafio de cuidar dos idosos, diante da falta de profissionais, da alta nos custos de saúde e das mudanças nas estruturas familiares, tornou-se uma questão social cada vez mais urgente.

Para ajudar a enfrentar esse desafio, uma equipe de engenheiros do MIT está apostando na robótica. Eles construíram e testaram o Robô de Assistência Corporal para Idosos, ou E-BAR, um robô móvel projetado para dar suporte físico aos idosos e evitar quedas enquanto eles se movimentam dentro de casa. O E-BAR funciona como um par de guidões robóticos que acompanham a pessoa por trás. O usuário pode caminhar de forma independente ou se apoiar nos braços do robô, que é capaz de suportar todo o peso corporal e auxiliar nas transições entre as posições sentada e em pé. Além disso, o robô conta com airbags laterais que inflacionam rapidamente para evitar quedas em situações de desequilíbrio.

Com esse projeto, os pesquisadores pretendem atacar uma das principais causas de lesões em adultos com mais de 65 anos: as quedas. “Muitos idosos subestimam o risco de queda e se recusam a usar dispositivos incômodos, enquanto outros superestimam o risco e evitam se movimentar, o que compromete sua mobilidade”, explica Harry Asada, professor de engenharia no MIT. “Nosso conceito é oferecer guidões robóticos móveis que estabilizam o corpo com discrição e praticidade.”

Na versão atual, o E-BAR é operado por controle remoto. A equipe já planeja futuras versões mais finas, manobráveis e, sobretudo, autônomas — capazes de seguir e auxiliar o usuário de forma inteligente e proativa. “Cuidar dos idosos será o próximo grande desafio”, afirma Roberto Bolli, designer do E-BAR e estudante de pós-graduação em engenharia mecânica. “Todas as tendências apontam para uma escassez de cuidadores, um excesso de idosos e um desejo cada vez maior de envelhecer em casa. Vemos nisso uma fronteira inexplorada para a robótica.”

Bolli e Asada apresentarão um artigo sobre o design do E-BAR na Conferência IEEE sobre Robótica e Automação (ICRA) neste mês. O grupo do MIT também desenvolve tecnologias diversas voltadas para o cuidado com idosos, como algoritmos de previsão de quedas, andadores automatizados, airbags vestíveis e exoesqueletos robóticos. Para o E-BAR, os pesquisadores definiram três funções principais: fornecer suporte físico, prevenir quedas e se mover com segurança ao lado do usuário, sem a necessidade de cintos ou dispositivos vestíveis. O robô tem uma base pesada e rodas omnidirecionais, além de um corpo articulado com 18 juntas que funciona como um guindaste para erguer ou apoiar a pessoa em tarefas diárias.

O sistema foi testado com um idoso voluntário em simulações domésticas, como se abaixar para pegar objetos e sair da banheira. Os resultados mostraram que o robô consegue oferecer apoio ativo em tarefas que exigem equilíbrio e mobilidade, proporcionando mais segurança e autonomia ao usuário. O E-BAR ainda não incorpora sistemas de previsão de quedas, mas outra pesquisa paralela no laboratório de Asada, liderada pela pós-graduanda Emily Kamienski, já está desenvolvendo algoritmos de aprendizado de máquina para detectar riscos em tempo real.

“As condições de cuidado com idosos mudam rapidamente, e queremos criar tecnologias que acompanhem essa transição contínua”, diz Asada. A expectativa da equipe é que diferentes versões do E-BAR possam atender pessoas em distintos estágios da vida, ampliando a independência e qualidade de vida na terceira idade. O projeto conta com apoio da Iniciativa Nacional de Robótica e da Fundação Nacional de Ciências dos Estados Unidos.

Tags: ConhecimentoEstudoIAIdososInovaçãoMITOMSPesquisaRobôsRobôs cuidadoresRobôs de assistênciaSaúdeTecnologia
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